Cerca de 1,1 mil policiais civis de 24 Estados brasileiros e do Distrito Federal estão nas ruas nesta sexta-feira, 20, em uma megaoperação contra a pedofilia. A operação Luz na Infância é resultado de uma investigação de seis meses coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, em parceria com secretarias de segurança regionais e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Segundo a Senasp, é uma das maiores operações na área já
Até em torno das 10 horas da manhã, ao menos 80 pessoas haviam sido presas pela posse de material pornográfico que evidencia exploração sexual de crianças e adolescentes. Os agentes cumprem centenas de mandados de busca e apreensão, que levam às prisões em flagrante. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, dará mais detalhes sobre a ação em uma entrevista coletiva no Rio de Janeiro, no final da manhã.
Em São Paulo, computadores, celulares, câmeras, discos rígidos e outros equipamentos chegam desde o início do dia à sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro da capital. Ao menos cinco homens presos em flagrante chegaram ao local em viaturas. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul divulgou sete prisões, enquanto o órgão de Goiás confirmou três. Um balanço da operação deve ser divulgado no final do dia.
Luz na Infância
Conforme o Ministério da Justiça, o nome sugere o teor bárbaro e nefasto dos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. "A internet facilita esse tipo de conduta criminosa e, via de regra, os criminosos agem nas sombras e guetos da rede mundial de computadores. Luz na Infância significa propiciar às vítimas o resgate da dignidade, bem como tirar esses criminosos da escuridão para que sejam julgados à luz da Justiça", diz a nota divulgada.
Integração
A Secretaria Nacional de Segurança Pública também destaca que a ação desta sexta resulta de uma força-tarefa entre a Diretoria de Inteligência do órgão e setores especializados em todo o País - como delegacias de repressão a crimes contra crianças e adolescentes e crimes cibernéticos, que vêm aprimorando o trabalho integrado.
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